QUE CONEXÕES TÊM SUPOSTOS GOLPISTAS DA RDC COM MOÇAMBIQUE?


 Alegados golpistas da República Democrática do Congo evidenciam ser bem "apadrinhados" nos negócios em Moçambique, onde só atuam porque a ausência de Estado facilita o lucro fácil e rápido, diz académico.

As forças de segurança congolesas protegem as ruas de Kinshasa, na RDC, no domingo (19.05), depois de o Exército ter impedido um golpe 

Três indivíduos envolvidos no suposto golpe de Estado falhado na República Democrática do Congo (RDC) têm interesses empresariais em Moçambique. São eles o congolês Christian Malanga e os norte-americanos Benjamim Zalman-Polun e Cole Ducey.

Registaram no país três empresas no setor da mineração, a Global Solutions Moçambique, a Bantu Mining Company e a CCB Mining Solutions. Esta ligação dos "soldados da fortuna" com Moçambique é vista pelo académico Fernando Cardoso como o aproveitamento de um contexto de fragilidade para obter lucros fáceis, sem controlo.

Para Cardoso, "tudo se resume a interesses de negócios", pois, "como sabemos, não só ele [Malanga], mas os seus sócios, alguns deles moçambicanos, estavam interessados em beneficiar da falta de controlo que existe nas províncias no norte de Moçambique, concretamente em Cabo Delgado, e exportar produtos fora do circuito legal".

No entanto, mesmo que Christian Malanga tenha "sido morto e implicado na tentativa de golpe de Estado ou de assassinato do Presidente do Congo, não penso que possa haver uma correlação direta com Moçambique", salienta o académico.

FONTE: DW Moçambique

Maria Maida João Manuel

LihatTutupKomentar